Quatro anos depois a Atlantic Parts voltou a reunir a sua rede de retalhistas associados. Foi o momento ideal de retomar uma antiga tradição do grossista de peças com sede em Sintra, tanto mais que existe muita matéria para divulgar.
José Alves Pires, da direção da Atlantic Parts, comentou que esta convenção serviu essencialmente para apresentar aos acionistas que “o mercado mudou muito. Há 18 anos a Atlantic Parts foi criada como uma central de compras, com o objetivo de concentrar compras para se poder dar melhores condições aos nossos retalhistas e, por sua vez, às oficinas. Este conceito ainda se mantém mas, com esta reunião, o que viemos dizer é que temos que nos adaptar a uma nova realidade e que teremos que crescer ainda mais em conjunto”.
Desta forma, foi feito o apelo a que todos os acionistas concentrem as suas compras na Atlantic Parts, pois segundo o mesmo responsável “somos cada vez mais competitivos. O que estamos a fazer na Atlantic Parts visa precisamente o aumento dessa competitividade por parte dos nossos retalhistas. Por outro lado, é também muito importante estarmos unidos, reforçando cada vez mais essa ligação entre todos os fornecedores, clientes, parceiros, acionistas e demais pessoas que trabalham na Atlantic Parts”.
Neste momento, a Atlantic Parts conta com 28 acionistas que representam qualquer coisa como 87 pontos de venda (balcões de peças), o que, no entender de José Alves Pires, permite uma excelente cobertura geográfica do país, pelo que “temos que nos concentrar em ter mais vendas, sendo nisso que a Atlantic Parts tem vindo a trabalhar”.
NOVA REDE OFICINAL
Há cerca de dois anos (dezembro de 2014) foi criada uma empresa em Espanha, a Rec Atlantic Parts, com uma parceria a 50% entre a Atlantic Parts e a Recalvi.
“Com esta parceria começamos a ter melhores condições para os nossos acionistas e o acesso a melhores marcas que não tínhamos no nosso portefólio, como é o caso da TRW, ZF, entre outras, o que nos possibilitou sermos mais competitivos”, refere Humberto Lopes, administrador da Atlantic Parts, considerando que “isto tem sido fundamental para o nosso crescimento”.
Porém, esta parceria vai agora conhecer outros desenvolvimentos, com a criação de uma rede oficinal, a RecOficial, já estabelecida em Espanha e que irá também ser dinamizada em Portugal.
“O conceito está desenvolvido em Espanha, mas temos estado a trabalhar na sua adaptação ao mercado português criando as condições para tal”, explica Humberto Lopes, dizendo ainda que, “em dezembro, pretendemos ter a primeira oficina RecOficial em Portugal”.
CONCEITO DE PEÇAS
Porém, a RecOficial tem inerente ao seu desenvolvimento uma marca de peças, com o mesmo nome RecOficial. Trata-se de uma marca criada para abastecer as oficinas desta rede, mas que inclui algumas particularidades, sobretudo ao nível da qualidade das mesmas.
O produto RecOficial tem inscrito na sua embalagem “Recambio Original Exclusivo”, o que traduz uma aposta na qualidade do produto por via das empresas que o fornecem. “Cerca de 70% do produto que vem dentro das caixas com a marca RecOficial é produzido por empresas que também estão no fabrico de peças de origem, tratando-se de um produto constantemente auditado, que nos garante a qualidade”, refere José Alves Pires.
Por outro lado, as exigências para uma oficina pertencer à rede, segundo o mesmo
NOVEMBRO 2016 | 7responsável, “não são, por exemplo, no que diz respeito à imagem, tão elevadas quanto é normal no mercado, embora existam exigências de qualidade de serviço”.
O desenvolvimento da rede RecOficial vai ser feito, acima de tudo, pelos acionistas e clientes da Atlantic Parts, pois serão eles que irão também comercializar as peças RecOficial.
Refira-se que a gama de peças RecOficial é muito extensa, incluindo material de elevada rotação (travões, filtros, baterias, escovas, etc), como outras linhas de produto igualmente importantes (turbos, bombas de água, embraiagem, entre muitos outros).
Está em equação, nesta fase, a comercialização desta marca de peças também para as oficinas que não pertençam à rede RecOficial, pois “consideramos que se trata de um produto diferenciador no mercado e, como tal, poderemos avançar para essa situação”, afirma José Alves Pires.
Estão assim criadas as condições para um maior envolvimento de todos os acionistas na Atlantic Parts, que entra numa nova fase da sua vida, mas que, “apesar do nosso silêncio nos últimos anos, nunca paramos e fomos sempre crescendo, tendo presença em todo o país, demonstrando que estamos aptos para os novos desafios do negócio”, concluiu Humberto Lopes.
PARCEIROS
Para esta convenção, a Atlantic Parts convidou alguns dos seus fornecedores para efetuarem uma apresentação das suas empresas.
Do lado da SKF, Grisélia Afonso abordou a qualidade dos produtos da marca que representa, falando da ligação da empresa ao equipamento original, mas também da forte aposta na tecnologia e em novos produtos. Em 2017, a SKF vai apostar em soluções de e-commerce e e-business, aproximando-se cada vez mais dos seus clientes.
Joaquim Candeias, do bilstein group falou do forte investimento que a empresa vai fazer em Portugal com um novo centro logístico baseando, contudo, a sua apresentação nos enormes desafios que os atuais retalhistas enfrentam com a chegada de novos operadores (nomeadamente do lado da tecnologia) ao negócio automóvel em geral e das peças em particular.
Pela Trifa Lamps, Mary Gentzsch, Managing Diretor desta empresa alemã, fez uma rápida apresentação da extensa gama de produtos que a empresa disponibiliza na área das lâmpadas de automóveis, focando sempre a qualidade do produto e a aposta na investigação.
A apresentação da Liqui Moly, feita por Sadhna Monteiro, do Marketing, realçou a extensa gama de produtos em lubrificantes e nos aditivos, mas o destaque foi para o Car Performance Plan, um projeto oficinal que visa a rentabilidade adicional das oficinas com 14 serviços pré-definidos.